sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Cronicas sentimentais part2 - O bosque. (texto sem correção (como a maioria aqui né? -.- (hauashuash)))

A raiva e o perdão andaram por muito tempo naquele bosque.
Logo começaram a perceber que os dias se passavam e a aparencia das coisas eram sempre a mesma.
As mesmas arvores, os mesmos raios de luz entrando pelas folhas, o mesmo entardecer que deixava tudo laranja e as mesmas folhas caiam em zigue zague.

- Isso está estranho... Você sabe mesmo por onde esta indo? Perguntou a raiva já entrando em combustão.

- Acho que sim, me disseram que eu apenas tinha que seguir em frente nesse bosque e ao final de três dias, eu encontraria a cidade onde o medo esta causando problemas.

A raiva cerrou os olhos em sinal de desconfiança, mas ainda sim seguiu o perdão por mais algum tempo. Até se irritar novamente e questionar.

- Olha... acho que você ta perdido.

- Paciencia...  Respondeu o perdão com serenidade.

- Estamos rodando esse bosque tem cinco dias. E a missão não era encontrar a saida em apenas tres dias?

O perdão pareceu olhar para dentro de si e verificar que as palavras da raiva eram coerentes. Mas ainda sim achou um argumento.

- Esse bosque é encantado. Se alguem entrar aqui sem objetivo, ficará perdido para sempre. Mas nós entramos com o objetivo de sair, portanto, acho que o bosque não tem efeito sobre nós. Argumentou o perdão.

A raiva apressou o passo com truculencia e ateou fogo em uma arvore.

- Você sabia que essa arvore tinha centenas de anos? E que seres vivos dependiam dela para viver? Disse o perdão balançando a cabeça.

- Dane - se! Se nós vermos essa arvore mais uma vez, e porque estamos andando em circulos!

Assim foi. Depois de andarem apenas alguns minutos, observaram a arvore em chamas.

A raiva não disse uma unica palavra, apenas olhava o perdão com uma cara de: Eu te avisei.

- Do que adianta você estar certa? Estamos perdidos. Se caimos no encantamento do bosque, vamos morrer aqui. Respondeu o perdão apagando a arvore com agua que ele conjurava do solo.

- Seu maldito, eu vim nessa viagem com você, pensei que você sabia o que estava fazendo!

- E eu sabia, só não sabia que o bosque mudaria suas regras.

Então a raiva finalmente perdeu a paciencia, sacou sua espada de fogo e partiu para cima do perdão. Ele com muita maestria, desviava dos golpes dela, como se fosse o proprio vento.

Quanto mais a raiva errava os golpes, mais a espada ardia em chamas, até que tudo a sua volta começou a queimar. Então eles ouviram um resmungo alto.

- AI!!! AI!!!

Vinha de detrás das arvores.

- Para, raiva, deixe me ouvir. Pediu o perdão.

Mas a raiva ainda enfurecida tentava acerta - lo à todo custo.

Então ele sem muita paciencia, desviou de um golpe e consecutivamente acertou dois de seus dedos da mão direita em baixo do braço da raiva. Quando ela percebeu que isso tinha tirado sua força. Ela tentou soca-lo com a outra mão, mas ele fez o mesmo procedimento. A espada caiu no chão e ela ficou com os braços moles. Isso pareceu deixa- la mais irritada ainda. Por isso ela começou a chutar.

- Calma! Deixe me ouvir!

Então algo saiu correndo. Esse algo era invisivel, mas o fogo que o envolvia podia mostrar sua silhueta. Era um homem.

O perdão com alguns movimentos, canalizou um tanto de agua em suas mãos e jogou sobre o homem que corria entre o fogo.

A raiva pareceu perder completamente sua furia ao ver aquela situação.

- Ai... ai...

O homem caiu no chão e dele saia fumaça.

- O que temos aqui? Perguntou o perdão ao se aproximar do homem.

Era um homem velho. Embora ele tivesse ardido em chamas, não estava nem um pouco queimado ou arranhado. Vestia uma armadura prateada que lhe cobria todo o corpo e um grande escudo templario.
Enquanto estava no chão, ofegava e se lamentava.

- Como é o seu nome? Perguntou a raiva sem muita paciencia.

Mas o homem não respondia, ele parecia muito assustado. Ele só conseguia colocar o grande escudo em frente ao seu corpo e tremia.

- Vamos, diga! Esbravejou a raiva sacando sua espada do chão. Seus braços aparentemente tinham voltado ao normal.

Mas o perdão tocou na ponta da espada e fez um gestou para a raiva abaixa-la.

- O nome dele já me parece obvio... Ele é o medo.

A raiva olhou para o homem que tinha os olhos arregalados e o escudo batendo na armadura de tanto que ele tremia. Por um momento ela sentiu compaixão e dó daquele homem e seu fogo mudou de vermelho flamejante para azul marinho.

O perdão notou a mudança, mas preferiu não dizer nada.

- Pensei que ele estava na cidade.

- Pelo visto não... respondeu o perdão, reflexivo. - Vamos dar um tempo à ele. Parece que ele que estava fazendo essa confusão no bosque. Por isso não conseguimos alcançar nosso objetivo. Ele estava cegando o bosque com o medo.

- Não sabia que o medo tinha esse poder.

- Ele pode muitas coisas, minha cara... Ele transforma as pessoas. Respondeu o perdão, indicando uma poça de agua para a raiva. Quando ela olhou, viu que seu fogo havia mudado de cor.

- Estou preoocupado...

- Porque? Perguntou a raiva ainda se admirando.

- Eu também vou mudar e o resultado disso não será bom, agora você terá que nos guiar. Portanto, vamos acampar essa noite a pela manhã seguiremos viagem.

A raiva consentiu.

Naquela noite a raiva fez uma fogueira com seu fogo azul. E das labaredas que saiam dele, ela contava historias sobre os lugares que ela passou na vida. O medo foi o primeiro à pegar no sono. Logo após a raiva. Mas o perdão continuou sentado olhando a fogueira. Ele estava preocupado.

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