Pensamentos de outrora - sobre a dureza.

Nem fodendo eu vou conseguir ficar sem escrever nessa caralha.

Com certeza ela não lerá o que escreverei, porque há muito ela já está longe.

Lembrei do final de whatchman, onde o Roscharch descobre um segredo que pode fazer acontecer a terceira guerra mundial e ele precisa contar para o mundo. Porem, o Dr.Manhatanm não pode deixar ele fazer isso. Depois de uma discussão muito doida, o Manhatann explode o roscharch em minhões de pedaços. É um banho de sangue danado.

Naquele momento eu não entendi o porquê de ele ter feito isso, fiquei na verdade putaralho pelo meu personagem favorito ter morrido, mas hoje entendo.

A gente não pode abrir mão do que é nosso por conta dos outros, não importa o nivel de importancia desse outro. Essa deveria ser a lei primordial para auto proteção. Se voce seguir assim, provavelmente ninguem vai te dar uma rasteira. É um belo escudo.

O Roscharch não podia abrir mão do segredo, não podia viver daquela forma. Por isso ele escolheu a morte e não foi facil para o Manhatann matar seu amigo também. Ambos optaram pelo inevitavel.

Quando olho para mim, vejo que sou como alguem alem das regras. Esse negocio de valorizar meus motivos rola e não rola. Eu sou alem das regras com certeza, sempre fui. Mas o preço disso é que eu não soube entrar nos padrões sociais e tomei no rabo durante uma vida inteira. É como se eu fosse letras e a vida fosse numeros. No final é tudo a mesma coisa, mas as regras são um tanto diferentes.

De um ano e meio para cá eu resolvi me adequar aos numeros. Abri mão de meus principios e prometi vencer a vida. Zerar ela no modo hard. Tenho tido um certo exito. Um avanço grandioso comparada a epoca que eu estava.

Por isso é facil pra mim andar pelas camadas da vida. Eu sinto amor, mas o amor não me controla, se eu quiser deixar de sentir, eu deixo. Isso parece um tanto cruel. Seria eu um psicopata? Sociopata? sei la, só sei que não sinto vontade de machucar as pessoas fisicamente e acho que é por isso que Deus tem misericordia comigo.

Revisão 23/12/2018
Eu achava que sabia de tudo. Mal sabia eu que não sabia de nada. A raiva, a dureza, só me levaram a perder o que eu tinha de mais precioso. Eu mesmo. 

Me parece que é tudo escolha

Estou em um momento onde eu não sei o meu valor
Mas embora eu tente resgata - lo, parece que ele se foi para sempre.
Engraçado que antigamente eu sabia quem ele era. Mas não dava valor para o meu próprio valor.
Vivo em uma sociedade onde tem valor coisas que não tem valor. Coisas que podem ser cultivadas com a bunda, literalmente. E as pessoas não questionam isso. Acho que nunca questionaram. E as que questionam terminam enlouquecendo.

Pois é. Estou aí. Nesse limbo.
Parece que me é privado esse poder natural de qualquer ser humano. O de ser tapado e seguir em frente. Simplesmente não consigo seguir o fluxo. Não consigo ser normal.

Em pensar que um dia eu quis ser diferente. Eu amava ser diferente. Parece que era algo que veio comigo desde sempre ou quem sabe um dos meus milhões de traumas que foram criados.

O que me faz pensar. Quem é culpado de algo nessa vida? Se somos guiados por emoções, sentimentos, pensamentos, vontades, prazeres. E até quem nega isso tudo, como eu, termina sendo guiado por algo. Os traumas, por exemplo. Será que a meditação poderia me salvar?

Quando algum doido se desafia a olhar diretamente para dentro de mim. Logo enxerga que eu sou uma pessoa cheia de preocupações, neuras e pensamentos acelerados. Então a pessoa logo da alguma ordem para que eu pare de ser assim. Mas não adianta. Não é por falta de vontade. O que me leva a pensar que eu já cobrei muito de algumas pessoas também. Como se fosse super fácil mudar uma psique.

Mas sabe, acho que já é hora de ir parando de tanta analise. Sei que isso não me levará a lugar algum. Mas droga... preciso falar mais... preciso depositar aqui e prender aqui por algum motivo tudo o que eu penso. Bem... ao menos não é prejudicial a mais ninguém e veja! Eis que eu encontrei um pouco de valor.

Eu nunca valorizei esse lugar, sabe? Tenho até medo que entrem aqui e descubram o quão complicado eu sou. Eu só queria... estar resolvido, mas parece que não consigo. Mas deveria eu desistir ou continuar acreditando?

Tenho um certo problema em acreditar. Pra mim ilusões são só paliativos, mas funcionam bem para quem não presta atenção. Engraçado, desatento como sou, deveria eu não prestar. Mas estou percebendo o tempo inteiro, percebendo tudo. Engraçado. Esses dias estudei sobre meditação e um cara disse que eu deveria estar presente. Pois é, pior que eu estou. Pior que estou...

Mas sabe... preciso de magia. Magia de verdade.
Preciso de silencio em minha mente. Silencio de verdade.
Preciso de sentimentos saudáveis. Sentimentos de verdade.
Será que eu consigo?

Eu já não preciso dela...
Acho que é agora que ela vai aparecer.
Oh vida miserável...
Só te dá as coisas quando você não quer mais.

Já não sei se vejo tanta graça em sua chegada.
Mas pareço me emocionar de certa forma.
Parece que ela vai me mostrar algo lindo.
Parece que a magia vai acontecer.
Parece que ela tem esse poder.

Mas estou seco por dentro e preciso me encher novamente.
Eu sei mais ou menos o que fazer. Eu sei o que eu sempre fiz e o que funcionava.
Acho que consigo...
Alguém chegou e me mostrou. Agradecido fico por essa dádiva.

Então te espero.
Não coloco expectativa em quem você é.
Venha com leveza... venha com calma. Estou me preparando...
Cada significado... cada olhar, cada toque... não sou mais um monstro devorador. Tentarei não ser.
Aprendi a lição, vida. Não quero mais ser o monstro devorador.

Vislumbre do vazio - Dezembro

Cá estou eu novamente.
Depois de dar voltas em círculos.
Acho que ela finalmente chegou.
Mas ela não era o que eu esperava.
Quer dizer, era, mas não veio como eu esperava.
A tal mania de controle. Eu não tenho controle de absolutamente nada.

Agora é dezembro, quase Natal. Muita coisa aconteceu e pouca coisa aconteceu.
Cheguei até aqui e dei voltas em círculos.
Mas eu finalmente conheci ela. Aquela que eu tanto esperei.
Porém, ela não veio para ser controlada por mim. Não tenho controle sobre ela por mais que eu tente. E isso é um choque no meu sistema. E eu acho é bom!

A vida tentou me ensinar de diferentes formas que eu não poderia controlada nada ou ninguém. Mas eu, prepotente, achei que podia. Pois é. Agora estou solto. Na mão do palhaço. Quase sem sonhos. Tendo que redescobrir tudo o que existia em mim. Sou culpado e ao mesmo tempo não.

Eu não sei o que será de mim. Mas eu sei o que eu posso fazer comigo.
E eu vou cuidar bem dessa peça aqui, é o que me resta.
Vislumbrei o vazio e colhi desespero.
Colhi a mais profunda depressão. Mas agradeço pelas chances que eu tive.

-

Ela veio para me ajudar
Vou começar e terminar minha historia
O verdadeiro amor é apenas amor. Não é domínio, nem posse.