- Eu te odeio.
- Eu já te odiei também. Hoje eu te amo e sempre vou te amar.
- Porque você fez isso comigo ?
- Você era como um cacto cheio de defesas e ideias que criou.que não queria enxergar alem. Isso me feria.
- Você foi covarde!
- Não. Eu me amei. Fui buscar minha cura. E estou prestes a curar meus relacionamentos. As próximas pessoas que virão até a minha vida, receberão o que eu aprendi em minha jornada.
Depois de dizer isso, ela me deu um tapa no rosto e mandou eu me calar. Não reagi, apenas observei. Ainda era um cacto e estava me lançando espinhos. Dentro dela a dor devia ser terrível e ainda não achara uma forma de se curar. Tampouco eu poderia fazer isso por ela.
Aquele tapa foi merecido. Fui irresponsável em cativar alguém e depois não aguentar o tranco. Porém, quando eu aguentava, eu via as pessoas seguirem suas vidas e seus egoísmos, enquanto eu ardia em chamas e meus músculos rasgavam. Ela mesma seguiu seus desejos e eu fiquei para trás. Hoje, cresço. Não mais para arrastar ou empurrar alguém. Mas para inspirar nessa marcha que é a vida.
Resta seguir em frente. Fazer o que o ser humano sabe de melhor em um mundo corruptível, injusto e avassalador. Resta me cuidar e crescer. Eu sei que esse cacto um dia vai florescer, assim como eu o fiz.
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